terça-feira, 20 de março de 2012

Civilidade e os DJs modernos no Transporte Coletivo


Após a celebrada Lei dos Paredões, entra em debate um tema semelhante: DJs de transporte coletivo. Tais questões desnudam uma face doente da nossa sociedade, em que parte prefere o “cada um por si”, desprezando conceitos como colaboração e respeito ao próximo. 
Diante do crescimento populacional e do inchaço das grandes cidades esse problema tem se agravado e tem se tornado um dos maiores desafios para essa geração. Será que é mesmo necessário vedar tamanhas obviedades? Particularmente, vejo nisso denotação de um desvio cultural grave. 

Essa atitude nacional do Legislativo de que tudo precisa ser proibido porque os cidadãos são inaptos para lidar com seu livre arbítrio não seria necessária se tivéssemos hábitos mais cuidadosos com a educação, especialmente de nossas crianças. Sem querer generalizar, mas é dentro de casa, em família e com quem mais nos relacionamos, que começaremos a longa busca de uma sociedade madura e satisfatoriamente civilizada, vislumbrando nos dar o luxo de termos uma legislação menos escrita e conflitante, com tantas letras mortas ou de difícil aplicação. 

Leis precisam contemplar a aplicabilidade. Neste caso, quem a garantiria? Os demais cidadãos? O cobrador ou o motorista? Um policial em cada parada? 

O transporte coletivo faz parte do cotidiano de milhões de brasileiros que o utilizam para os mais diversos objetivos; chegar ao trabalho, à clinica, ao lazer ou à procura de um emprego. 

Em Fortaleza mais de um milhão de passageiros utilizam-se de nossos veículos para tal finalidade. Portanto, não é difícil identificar o transporte coletivo como um espaço que requer bom senso e boa conduta por parte de todos. 

Para avançarmos de fato, sabendo que estou sendo um tanto utópico, sinto que precisamos de mais educação e menos leis, mas, por enquanto, o jeito é apoiar leis que dizem o óbvio. 

Dimas Barreira 
Presidente do Sindiônibus

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