segunda-feira, 19 de março de 2012

AL: Passagem de ônibus em Maceió sobe, e problemas continuam


Lá se vão 15 dias desde que a nova tarifa das passagens de ônibus em Maceió entrou em vigor por decisão judicial. O preço subiu dos antigos R$ 2,10 para R$ 2,30. Mas, além do peso no orçamento mensal dos usuários, nada mudou no sistema de transporte público da capital alagoana. Nove empresas prestam serviços sem terem passado por licitação. Os problemas, afirmam os passageiros, continuam os mesmos e vão da superlotação à falta de limpeza nos veículos. 

Hoje, o preço da passagem de ônibus urbanos em Maceió é o segundo mais alto do Nordeste, embora a área territorial e a população absoluta da cidade sejam a quarta e a quinta maiores da região, respectivamente. Com relação ao valor da tarifa, a capital alagoana perde apenas para Salvador, onde o passageiro desembolsa R$ 2,50 por cada viagem realizada. 

Enquanto na capital da Bahia cerca de 38 milhões de soteropolitanos são transportados mensalmente por 2.347 veículos, em Maceió a média mensal de passageiros não ultrapassa 7,9 milhões, que dependem de uma frota com 655 veículos, de acordo com dados da Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas, a Transpal. Numa média comparativa estimada, sem considerar o número de viagens realizadas, cada ônibus em Salvador transportaria diariamente 539 passageiros. Em Maceió, essa média não passaria de 402. 

A conclusão não é animadora: nem os problemas, nem as reclamações sobre os preços, considerados abusivos pela população usuária do transporte público, são exclusivos de Maceió. Em praticamente todas as nove capitais nordestinas, protestos populares são realizados cobrando melhorias no sistema de transporte coletivo e redução no preço da passagem. 

Na capital alagoana, a Transpal justificou o aumento para R$ 2,30 com planilhas e dados que apontam, segundo a associação, o crescimento nos custos dos serviços oferecidos. Nessas planilhas a Transpal alinha folhas de pagamento dos funcionários, compras de peças e combustíveis e aumento das gratuidades concedidas por leis e portarias que não apontam a fonte de custeio. Para a Transpal, que ainda reivindica na Justiça a ampliação do preço da passagem para R$ 2,49, o sistema de transporte público de Maceió corria o risco de entrar em colapso com a passagem a R$ 2,10.
Com informações: Alagoas Ultima Hora

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