sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Marquise acelera duplicação da Maestro Lisboa em Fortaleza

Aceleraram-se as obras de duplicação da Avenida Maestro Lisboa, que liga a Avenida Washington Soares ao Porto das Dunas, em Fortaleza. A Construtora Marquise, que assumiu a obra depois que a antiga empreiteira faliu, já trabalha também aos domingos para que possa conclui-la nos próximos quatro meses.
A Maestro Lisboa começa na Avenida Wasgington Soares, onde o viaduto construído foi aberto ao tráfego, pondo fim ao congesyionamento que existia na área. A duplicação terminará na ponte do Alphaville, onde, daí até o Porto das Dunas, o acesso é feito por uma estrada simples que será dupplicada numa segunda etapa sem data para ser iniciada. 
Fonte: Egídio Serpa

Painel eletrônico danificado por vandalismo em parada de ônibus

É lamentável o que observei em uma parada, bem ao lado do Shopping Aldeota, pela Avenida Desembargador Moreira, no bairro Aldeota, em Fortaleza. O painel do Programa Bem na Hora, da Prefeitura de Fortaleza, que avisa a chegada dos ônibus, está depredado.
O aparelho que deveria informar os percursos dos trasportes coletivos foi danificado por atos de vandalismo. Outros painéis eletrônicos, semelhantes a esse, estão distribuídos em paradas de ônibus pela capital cearense. 
Fonte: Marcellus Rocha

Acidente com dois ônibus deixa 15 pessoas feridas em Fortaleza

Uma colisão entre dois ônibus deixou 15 pessoas feridas na manhã desta quarta-feira (18) entre as avenidas Oswaldo Studart e Borges de Melo, próximo à Rodoviária João Tomé, no Bairro de Fátima, em Fortaleza. Os veículos envolvidos faziam as linhas Expresso-Parangaba-Aldeota e Aguanambi 1 e, segundo a Autarquia Municipal de Trânsito de Fortaleza (AMC), se chocaram após um deles realizar um retorno. 
Três ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local prestando socorro aos passageiros. Segundo os agentes da AMC, 15 pessoas tiveram ferimentos leves e foram encaminhadas ao hospital Instituto Dr. José Frota (IJF). O trânsito no local ficou lento após o acidente.
 Fonte: G1 Ceará

Avaliação do transporte público é pior nas grandes cidades, segundo Ipea

Uma pesquisa sobre mobilidade urbana divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que o transporte público tende a ser melhor avaliado em municípios menores em comparação aos de grande porte. Nestes (acima de 100 mil habitantes), 41% dos entrevistados avaliam o serviço como ruim ou muito ruim, contra 30% que o determinam como bom ou muito bom. A negativa cai para 27% em cidades com menos de 20 mil habitantes, enquanto que a aprovação aumenta para 39%.
O Ipea também perguntou se o transporte público permite que as pessoas se desloquem com facilidade. Nas grandes cidades, 48% disseram que não, contra 38% que responderam sim. Nas pequenas cidades, os índices são 44% e 31%, respectivamente. Ainda de acordo com a pesquisa, 61% dos entrevistas nos grandes centros afirmaram que não conseguem ser atendidos sempre que precisam pelo transporte público, ao passo que 25% dizem que sim. O índice cai para 42% e 33% respectivamente nas pequenas localidades.
O instituto questionou ainda se as pessoas concordam com a afirmação de que o tratamento dado pelo serviço é igual a todos, independentemente de renda, cor, idade, gênero ou deficiências. Nas maiores cidades, 47% responderam que não, contra 39% que disseram sim. Nos municípios menores ocorreu o inverso: as respostas foram 27% e 47%, respectivamente. Acerca da facilidade que o cidadão tem para reclamar quanto ao serviço, metade dos habitantes dos grandes centros afirmou ser muito difícil ou difícil, contra 27% que disseram ser fácil. Nos pequenos municípios houve maior equilíbrio: 33% disseram ser muito dificíl ou dificíl, contra 31% que afirmaram ser fácil ou muito fácil. Contudo, o desconhecimento de como proceder nesses casos nas pequenas regiões era superior em comparaçãos às maiores: 15% contra 5% dos entrevistados.
Por fim, o Ipea mostrou que 75% dos entrevistados nas grandes cidades afirmaram que há pontos de embarque (paradas, terminais, estações, etc) próximos de suas moradias. Nas cidades pequenas, o percentual cai para 49%. Para realizar a pesquisa, o Ipea realizou 3.781 entrevistas domiciliares entre 8 e 29 de agosto em 212 municípios do País com cidadãos maiores de 18 anos. A margem de erro é de 5%.
Fonte: Terra

AP: Fiscalização apreende carteiras de meia passagem falsificadas em Macapá

A empresa Amazon Tur, que opera no serviço de transporte coletivo da capital, recolheu aproximadamente 60 carteiras de meia passagem e passe livre falsificadas. Os cartões concedidos a idosos e pessoas com deficiência, apresentavam adulteração grosseira, inclusive faltando o número de inscrição no Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Setap) e a foto do usuário. A fraude possibilitava a utilização do benefício por um número maior de pessoas de uma mesma família.
De acordo com um dos fiscais da Amazon Tur, Roberto Bruno, a vistoria pode ser realizada por funcionários das empresas e também por agentes do Setap. Ocorre que, ao fazer a abordagem com os passageiros, os funcionários são mal tratados e sofrem ameaças dentro dos coletivos. “As pessoas respondem com agressividade, mesmo sabendo que estão erradas”, disse Roberto Bruno. A alternativa foi escalar um grupo de cinco olheiros ajudar no recolhimento dos cartões falsos e inibir os comportamentos mais exaltados.
A fraude tem desviado cerca de 50% diariamente dos cofres das empresas de ônibus. Em uma simulação rápida, se cada usuário utilizasse o benefício quatro vezes ao dia, pagando a tarifa de R$ 2,30 cada carteira contabilizaria R$ 460,00 ao final de um dia. Entretanto, este valor não aparecia por que não havia a cobrança adequada do serviço.
A empresa pretende agora encaminhar as carteiras apreendidas ao Setap, para que o setor jurídico do Sindicato possa repassá-las a Promotoria da Cidadania. Em 2011, o Ministério Público Estadual (MPE) fixou cartazes nos ônibus alertando os usuários sobre as penalidades decorrentes do mal uso do benefício. Embora o trabalho de conscientização tenha sido iniciado ainda é grande a quantidade de passageiros que utilizam os cartões de maneira indevida. 
Os estudantes costumam adotar embalagens de plástico para não danificar a carteira de meia passagem. O recurso dificulta a identificação das informações dos usuários por que ficam encobertas. Segundo Roberto Bruno, a estratégia é continuar com as fiscalizações, especialmente durante a emissão das carteiras de meia passagem e passe livre deste ano, e ainda envolver as outras empresas que operam no serviço para intensificar as vistorias. 
Fonte: Amapá Digital

Rodoviários fazem protesto por reajuste salarial


Foto: - Divulgação "Não temos horário para terminar, estamos na rua, começamos pela Avenida Protásio Alves", comunicou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Julio Gamaliel, por telefone ao portal G1. Além da Protásio Alves, os trabalhadores pretendem fazer o mesmo protesto nos corredores da João Pessoa, da Assis Brasil e da Farrapos, vias de grande movimentação na capital gaúcha.

De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC), em torno de 1 milhão de pessoas utiliza o transporte coletivo da capital todos os dias. Um novo valor das passagens também depende do acordo com os rodoviários. Porto Alegre tem 8,5 mil trabalhadores do setor

PE: Ônibus é apedrejado em briga de torcidas de Sport e Náutico


Um ônibus que fazia a linha Paulista-Joana Bezerra, da empresa Cidade Alta, foi apedrejado por torcedores do Náutico, logo depois do jogo realizado na noite de ontem, no bairro dos Aflitos. O coletivo seguia pela PE-15, quando encontrou uma kombi com torcedores do Sport e houve troca de insultos. Pedras foram atiradas e pelo menos quatro janelas do ônibus foram danificadas e, apesar de 70 passageiros estarem no veículo, não houve registro de feridos.
Ônibus é apedrejado em briga de torcidas de Sport e Náutico. Imagem: Reprodução/TV Clube
Com informações da TV Clube

RN: Mobilidade em Natal, mudanças à vista?



Só falta a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), admitir que o município não tem condições de pagar as contrapartidas e indenizações de onze obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014. O Governo do Estado, reiteradas vezes, já admitiu ter condições de tocar essas obras. Na semana passada a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), em um programa de rádio, fez declarações sobre o assunto: "Se a prefeitura não puder fazer suas obras de mobilidade, nós assumimos". Ontem, a secretária estadual de infraestrutura, Kátia Pinto, confirmou que o Governo do Estado tem técnicos capacitados e competência necessária para arcar com as intervenções viárias sob responsabilidade da prefeitura, além das cinco obras que já deverá executar nos próximos meses, conforme estabelecido na Matriz de Responsabilidades do Mundial de futebol.

Em Brasília, os parlamentares potiguares que compõem a bancada do Estado no Congresso Nacional também já se mostraram preocupados com o andamento das obras viárias, que não saem do papel. Os deputados Henrique Eduardo Alves (líder do PMDB), Felipe Maia (DEM), Fátima Bezerra (PT) e os senadores Paulo Davim (PV) e José Agripino Maia (DEM) sugeriram juntar esforços entre eles, o Ministério Público e a Caixa Econômica Federal (CEF) para encontrar alternativas que acelerem o processo - e que resultem em intervenções reais nas ruas da cidade, como espera a população.

Apenas a petista Fátima Bezerra não defende a intervenção do Governo nas responsabilidades do município. "A prefeitura deve cumprir o seu papel", declarou ela ontem ao DN. Também em entrevista ao Diário, o senador José Agripino Maia afirmou acreditar no gesto da prefeita repassando as obras de mobilidade para o governo potiguar. "Se a prefeita alegasse que não dispõe de condições para assumir esses projetos, seria o caso de o governo executá-los. O que não pode é a cidade de Natal arcar com os prejuízos", sentenciou.

Contudo, o governo não pode simplesmente pedir para executar os serviços e ficar tudo por isso mesmo. Cada ente (União, Estado e Município) assumiu compromissos após o anúncio de Natal como sede da Copa, em 2009. Era a Matriz de Responsabilidades que, por causa do atraso no início das obras, foi revista em setembro de 2011 e teve seu cronograma alterado. A iniciativa de modificar essa matriz e "passar a bola" para o Governo tem que partir do município. "Seja sob responsabilidade do município ou do Estado, como gestores públicos que somos, temos prazo para iniciar essas obras e também prazos para cumpri-las", declarou Kátia Pinto. "Essa é uma decisão de governo. Se a governadora chegar para mim e disser que nós tocaremos essas obras de mobilidade, a Secretaria da Infraestrutura (SIN) tocará os projetos", garantiu. "Mas até agora desconheço qualquer iniciativa formal da prefeitura nesse sentido".

Kátia Pinto disse que tem acompanhado na imprensa e em conversas com o secretário municipal de obras públicas, Sérgio Pinheiro - seu amigo pessoal e colega de universidade - o desenrolar dos projetos tocados pelo Executivo municipal. O projeto das obras do lote 1, que incluem mudanças viárias no Complexo da Urbana, entre a Ponte de Igapó, passando pelas avenidas Felizardo Moura, Industrial João Francisco da Mota, BR-226 e Av. Cap.Mor Gouveia, foi enviado três vezes para a Caixa Econômica Federal, financiadora dos recursos. Desde setembro do ano passado a CEF recusa os projetos enviados pela prefeitura da capital, alegando ausência de detalhes técnicos nas planilhas e no orçamento. Esta semana o município prometeu reenviar o projeto para nova análise do grupo de engenheiros do banco. Até ontem os documentos ainda não haviam chegado à superintendência regional do banco.
Fonte: Diário de Natal

PE: Aumento das passagens no Grande Recife será discutido nesta sexta-feira


O Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) realiza nesta sexta-feira (20), às 8h, uma reunião para discutir as propostas de aumento do preço das passagens de ônibus. O encontro, que acontece na sede do Grande Recife Consórcio e Transporte, no bairro de São José, área central da capital pernambucana, servirá para analisar a proposta das empresas que circulam pela Região Metropolitana do Recife, que pedem um reajuste de 17,2%. 

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Setrans), Luiz Fernando Bandeira de Melo, afirmou que é preciso realizar reajuste do preço. “A passagem do Recife é a mais barata do Brasil e a nossa ideia é apresentar uma planilha de custos do sistema, incluindo insumos. Tudo aumentou de preço e, por isso, precisamos aumentar a tarifa”, afirmou Bandeira.

O Grande Recife Consórcio e Transporte também apresentará uma proposta na reunião desta sexta, de acordo com a assessoria do órgão. O Governo defende um aumento baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou em 6,5% no ano passado.

A presidente da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe), Stephannye Vilela, critica o reajuste. “Entre 2005 e 2007 conseguimos congelar o preço. Mas desde 2008, virou rotina aumentar as passagens na época das férias dos estudantes. Um aumento desses não tem justificativa. Lutamos pela participação na reunião do Conselho e queremos também a auditoria dos ônibus”, afirmou a presidente.

Ainda de acordo com Stephannye Vilela, integrantes da Uespe comparecerão, nesta quinta-feira, ao Grande Recife para saber se o pedido de participação dos estudantes na reunião do Conselho foi atendido. Na sexta-feira, os estudantes prometem realizar um ato, antes do encontro, em frente ao local da reunião, para evitar o aumento. Caso o reajuste de 17% seja implantado, o anel A, mais utilizado pelos usuários, passará de R$ 2 para R$ 2,35.
Fonte: G1 Pernambuco

Fortaleza: Linha de ônibus tem sentido de percurso invertido



Com o objetivo de otimizar a operação e garantir maior segurança aos usuários, a linha (635) Conjunto Tamandaré terá o sentido de circulação invertido nos trajetos de ida e de volta. A partir de sábado (21), os coletivos devem atender ao mesmo trecho, mas no sentido contrário. 

Após estudo técnico realizado, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) diagnosticou a dificuldade dos ônibus em fazer o retorno na Av. Perimetral. Por avaliar os riscos de colisões no local, optou pela inversão de sentido das rotas desses coletivos. Como todo o percurso continuará sendo atendido, nenhum passageiro será prejudicado com a mudança, que está sendo divulgada por meio de informativos fixados nos ônibus e nos terminais de integração.

Confira os novos percursos: 

- Terminal/Bairro: Terminal de Messejana, Rua Taquatiara, Rua Santa Clara de Assis, Av. Jorn. Tomás Coelho, Av. Presidente Costa e Silva, Av. Castelo de Castro, Av. Contorno Norte, Av. Bulevar III, Av. Contorno Sul, Rua Coroá, Rua Jamacarú, Rua Juripeba, Rua Jaborandir, Rua Inharé, Rua Muirá, Rua Macambira, Rua Jaborandir e Rua Francisco Lima e Silva.

- Bairro/Terminal: Rua Francisco Lima e Silva, Rua Recanto Verde, Rua Domingos Alves Ribeiro, Rua Francisco Alves Ribeiro, Av. Pres. Costa e Silva, Av. Jorn. Tomás Coelho e Terminal de Messejana.
Fonte: ETUFOR

Passageiros se arriscam em travessia no Terminal do Siqueira


O Terminal do Siqueira é um dos terminais de integração mais movimentados de Fortaleza. Linhas de ônibus vindos de diversos bairros daquela região trazem milhares de passageiros diariamente. Muitos seguem na árdua missão em garantir o sustento da família ou, em alguns casos, para adquirir conhecimentos em sala de aula e assim projetar o seu futuro. E tem que ser de ônibus. 
O terminal já não comporta mais a demanda, o que não é nenhuma novidade em relação aos outros seis. A prova disso é perceptível na entrada, na Avenida Osório de Paiva, quando vários ônibus se enfileiram aguardando os que já estão dentro do terminal desembarcarem os passageiros. O problema é que os usuários desembarcam entre duas fileiras de veículos. Antes os coletivos se organizavam em uma fileira, mas devido ao grande congestionamento que se formava - e que ainda existe - resolveram autorizar o desembarque na outra faixa. Parece que não surtiu o efeito que se esperava.

Se não bastasse a falta de estrutura, a pressa para pegar o segundo coletivo fala mais alto e, aliada a incompreensão de muitos, os usuários teimam em cruzar a pista fora da faixa de pedestre ali existente. Mesmo que a maioria dos motoristas desobedeçam a lei, o pedestre tem que fazer valer os seus direitos.

Instalada a bagunça, resta aguardar uma atitude do órgão gestor, leia-se ETUFOR, para que medidas sejam tomadas, no sentido estrutural, para garantir um desembarque seguro, a exemplo dos gradis instalados no Terminal do Papicu, e que a campanha Travessia Cidadã seja intensificada, não apenas no Siqueira mas em todos os pontos de integração.

Licitação da ANTT: edital de licitação de linhas interestaduais deve ser concluído até março


Período de apresentação de propostas e contribuições já está aberto. Estão programadas audiências públicas até o início de março
ADAMO BAZANI – CBN
Ônibus de linha interestadual da Itapemirim, no TERSA - Terminal Rodoviário de Santo André, na Grande São Paulo, com destino ao Nordeste brasileiro. Já foi aberto o período para sugestões e audiências públicas para a maior licitação da história dos transportes brasileiros, que engloba 1967 linhas de ônibus interestaduais e internacionais.  O edital deve ser publicado em março depois desta fase de consulta pública. Empresas de ônibus e a ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres divergem em vários pontos, como número de frota, intervalo entre uma viagem e outra para o ônibus, número de operadoras numa mesma linha, taxa de ocupação, taxa de retorno e possibilidade de extinção de postos de trabalho. Audiências públicas devem ser marcadas por polêmicas. Foto: Adamo Bazani
Ônibus de linha interestadual da Itapemirim, no TERSA - Terminal Rodoviário de Santo André, na Grande São Paulo, com destino ao Nordeste brasileiro. Já foi aberto o período para sugestões e audiências públicas para a maior licitação da história dos transportes brasileiros, que engloba 1967 linhas de ônibus interestaduais e internacionais. O edital deve ser publicado em março depois desta fase de consulta pública. Empresas de ônibus e a ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres divergem em vários pontos, como número de frota, intervalo entre uma viagem e outra para o ônibus, número de operadoras numa mesma linha, taxa de ocupação, taxa de retorno e possibilidade de extinção de postos de trabalho. Audiências públicas devem ser marcadas por polêmicas. Foto: Adamo Bazani
A ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres – abriu nesta terça-feira, dia 10 de janeiro de 2012, o prazo para as contribuições e recebimentos de propostas para a licitação de 1967 linhas de ônibus interestaduais e internacionais. O edital definitivo deverá ficar pronto em março deste ano, prevê a Agência.
O ProPassBrasil – Projeto da Rede Nacional de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros tenta reformular a rede de ônibus rodoviários em todo o País.
Mas a licitação tem enfrentado resistência por parte dos empresários de ônibus que dizem que a vários pontos determinados pela ANTT inviabilizaram economicamente e no aspecto operacional, as atividades do setor.
Desde 2008, a ANTT tenta licitar as linhas. A maior parte do sistema é operado por permissões precárias, o que contraria a Constituição de 1988, que determina que serviços públicos prestados por empresas particulares devem ser regidos por contratos de concessão.
Na ocasião, em 2008, a licitação não foi realizada pela posição contrária dos empresários e por inconsistências nos dados sobre o dimensionamento do sistema.
O período para recebimento de sugestões vai até 09 de março de 2012.
Serão realizadas audiências públicas nas principais capitais brasileiras. Acompanhe o cronograma:
- Porto Alegre (RS): dia 31 de janeiro de 2012, terça-feira, das 14h às 18h, Auditório do
SEST/SENAT, lotação: 220 lugares, Avenida José Aloísio Filho, nº 695, Humaitá, CEP:
90.250-180.
- Belo Horizonte (MG): dia 2 de fevereiro de 2012, quinta-feira, das 14h às 18h, Auditório
Centauro do Hotel Mercure, lotação: 156 lugares, Avenida do Contorno, nº 7315, Lourdes,
CEP: 30110-110.
- Recife (PE): dia 9 de fevereiro de 2012, quinta-feira, das 14h às 18h, Salão do Hotel Best
Western Manibu, lotação: 250 lugares, Avenida Conselheiro Aguiar, nº 919, Recife, PE, CEP:
51011-031.
- São Paulo (SP): dia 16 de fevereiro de 2012, quinta-feira, das 14h às 18h, Auditório do
Instituto de Engenharia, lotação: 180 lugares, Avenida Doutor Dante Pazzanese, nº 120, Vila
Mariana, CEP: 04012-180.
- Salvador (BA): dia 1º de março de 2012, quinta-feira, das 14h às 18h, Auditório da
Fundação Luis Eduardo Magalhães – FLEM, lotação: 300 lugares, 3ª avenida, nº 310,
Centro Administrativo da Bahia, CEP: 41.745-005.
- Brasília (DF): dia 8 de março de 2012, quinta-feira, das 14h às 18h, Auditório da Fundação
de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – FINATEC, lotação: 300 lugares, Campus
Universitário Darcy Ribeiro, Avenida L3 Norte, Edifício Finatec, Asa Norte, CEP: 70910-900.
AUDIÊNCIAS DEVEM SER PALCOS DE INTENSAS DISCUSSÕES:
Governo Federal pela ANTT e empresários de ônibus, boa parte representada pela Abrati – Associação Brasileira das Empresas de Transportes Terrestres de Passageiros, apresentam ainda várias divergências em relação a licitação.
A principal delas é em relação a frota para operar o sistema. A ANTT calculou a necessidade de 6 mil 152 ônibus além de 639 de reserva, num total de 6 mil 791 veículos.
Para a Abrati, o número é insuficiente e pode provocar falta de atendimento da demanda, principalmente em épocas de férias, festas ou feriados prolongados.
A ANTT calculou uma demanda de 66,8 milhões de passageiros.
Os empresários dizem que a quantidade de frota suficiente deve ser entre 10 mil e 13 mil ônibus. A ANTT rebate dizendo que este número é exacerbado e leva em consideração frota reserva, ônibus que estão cadastrados no sistema mas que não operam em linhas interestaduais e internacionais e veículos de fretamento que também pertencem às prestadores de serviços regulares.
A ANTT diz que será possível reduzir o valor das passagens de ônibus por conta da racionalização do sistema de linhas e aumento na concorrência entre as empresas.
A malha de ônibus rodoviários interestaduais e internacionais será dividida em 18 grupos e 60 lotes.
Pela proposta da ANTT, será criado um sistema de compensação ou subsídios cruzados entre linhas de ônibus para deixar mais justo o sistema. Assim, empresas que assumirem linhas altamente lucrativas também terão de operar trajetos menos lucrativos mas que possuam importância econômica, social e de integração regional ou nacional.
A lógica é que em vez de uma empresa ou grupo dominarem sozinhos as melhores linhas deixando as empresas menores com trajetos difíceis de serem operados e com pouco retorno financeiro, haveria um equilíbrio entre empresas.
Os donos de empresas de ônibus dizem que na prática esta lógica como propõe a ANTT não será possível de existir e que as viações há muito tempo já operam em sistema de subsídios cruzados.
A ANTT também defende que seu edital aumenta a concorrência entre as empresas de ônibus em várias linhas.
Pelo plano de outorgas da Agência, hoje, por exemplo, existem 4 linhas de ônibus em todo o País que são operadas por 5 empresas e 5 linhas operadas por 4 empresas de ônibus.
A Agência quer que o número suba para 20 linhas operadas por 4 empresas e outras 20 linhas operadas por 5 empresas.
As empresas de ônibus dizem não ser contra a concorrência, mas afirma que em alguns trajetos, o excesso de número de viações tornaria as linhas economicamente inviáveis.
Tudo porque, segundo as empresas de ônibus, há inconsistências por parte da ANTT no cálculo de taxa de ocupação dos veículos.
Para entidades representativas das viações, como a Abrati, considerar que linhas como a Rio – São Paulo têm taxa de ocupação de 95% é usar os dados de maneira incorreta, levando em consideração dias e horários de maior demanda, sendo que na média, não transportam toda essa quantidade de passageiros.
A ANTT diz que os cálculos foram feitos com base na média e por estudos de demanda.
Segundo a Agência, a taxa de retorno para as empresas será de 8,77%. Quanto aos tributos, o PIS sobre os ganhos das empresas será de 3% e o Cofins de 0,65%.
As empresas de ônibus dizem que em várias linhas o retorno não vai sequer se aproximar aos 8,77%.
As companhias também reclamam que pelas exigências do edital e pela forma de distribuição das linhas, várias empresas serão extintas.
A estimativa é de 254 viações, o número seja reduzido para menos de 100 empresas, o que segundo as companhias operadoras, pode ocasionar a perda de 40 mil postos de trabalho no setor.
A menor empresa terá 155 ônibus e a maior 814 veículos.
A ANTT diz que o nível de emprego não deve sofrer grandes impactos mas admite que o número de empresas deve ser reduzido.
As companhias alegam que as menores tarifas não virão pela racionalização do sistema, mas pela redução da frota e de diversos trajetos, que serão extintos oi linhas que serão seccionadas ou encurtadas.
A ANTT diz que o edital tem como objetivo distribuir melhor a oferta de transportes, servindo a áreas não atendidas e eliminando o que classifica como “serviços redundantes”.
O tempo de parada de uma viagem para o início de outra estipulado pela ANTT é considerado pequeno pelas empresas que dizem que pode não ser possível a realização das manutenções e serviços de limpeza nos ônibus, além do deslocamento da garagem ou ponto de apoios até rodoviárias, muitas que fecham na madrugada.
MELHORIAS NO SISTEMA:
A licitação prevê algumas melhorias no atendimento ao passageiro com o uso de tecnologias.
As passagens devem ser vendidas em guichês e também por telefone e internet.
Os ônibus terão de ser monitorados por GPS e os passageiros devem ter acesso às informações sobre linhas, horários e percursos destas linhas.
A licitação também prevê renovação de frota.
Hoje a idade média da frota de ônibus interestaduais e internacionais é de 15 anos. Há veículos que foram identificados pela ANTT com quase 40 anos de uso.
Quase metade dos cerca de 14 mil ônibus hoje registrados tem mais de 10 anos. assim, a renovação da frota além de poder trazer mais segurança e conforto para os passageiros, também está mexendo com a indústria de ônibus.
As empresas de maior porte já estão comprando novos veículos e a indústria se prepara, afinal, estima-se uma demanda de pouco mais de 6 mil ônibus novos.
Não é a toa que empresas encarroçadoras como Marcopolo e Comil investem em lançamentos e aperfeiçoamento de tecnologia. A briga no setor de ônibus rodoviários deve ser mais intensa entre a linha Paradiso Geração Sete, da Marcopolo, e a Campione, da Comil, esta última que lançou de forma inédita em sua história o modelo Campione DD – Double Decker, ônibus de dois andares para turismo de luxo e para aplicações rodoviárias de médias e longas distâncias, justamente o perfil da maior parte dos serviços licitados.
Os passageiros também devem contar com serviços tipo call center para atendimentos de reclamação e informações. As empresas também tão de disponibilizar serviços de atendimento telefônico para portadores de necessidades audiovisuais.
Com a licitação,a ANTT diz que pretende deixar os serviços rodoviários melhores e atrativos novamente, seja pelo preço, seja pelo conforto.
Em várias rotas, o número de passageiros de aviões ultrapassou o de ônibus, principalmente entre as capitais. Os serviços de ônibus ainda continuam com alta procura em distâncias menores, entre as capitais, ou em locais que ficam longe de aeroportos, mas contam com ligação direta entre uma capital e estas localidades.
As empresas de ônibus admitem que houve uma migração de passageiros para o setor aéreo, mas que a maior (e desleal) concorrência se dá por conta dos transportes piratas.
Os ônibus clandestinos retiram do sistema regular pelo menos 30% dos passageiros, segundo um estudo da empresa Itapemirim, mas o número é difícil de ser mensurado justamente pelo caráter ilegal deste tipo de transporte.
As viagens em ônibus clandestinos chegam a ser 50% mais baratas, mas os veículos em geral não tem um estado de conservação satisfatório, o que implica em falta de segurança para os passageiros, os operadores não oferecem seguros e garantias e muitos , para escaparem de pedágios e fiscalizações fazem trajetos mais arriscados, em estradas de terra ou que não comportem de maneira segura o tráfego de veículos do porte dos ônibus.
As empresas regulares dizem que as fiscalizações sobre a clandestinidade, apesar de existirem, são insuficientes e que é a pirataria que influi na diminuição da taxa de ocupação dos ônibus, o que acarreta em aumento no valor das passagens.
Adamo Bazanijornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Propaganda vai renovar pontos de ônibus em São Paulo


Prefeitura abriu consulta pública para licitação de pontos de ônibus e relógios na Capital. Se não houver nenhum impedimento, edital deve ficar pronto em 45 dias
Prefeitura de São Paulo quer passar para a iniciativa privada a troca e manutenção de relógios de ruas, abrigos e pontos de ônibus. Em trocam, as empresas poderão comercializar propagandas nos espaços. O edital deve ficar pronto em 45 dias, se não houver impedimentos. Ao todo serão 11 mil 300 pontos e 7500 abrigos, ao custo de R$ 540 milhões, elevando em 15% o número destes equipamentos, que hoje têm vários modelos, mas que serão padronizados pela proposta. A cidade vai ter mil relógios de rua que vão informar também as condições de trânsito. A instalação dos relógios custará para as empresas R$ 190 milhões de reais. Foto: Adamo Bazani
A prefeitura de São Paulo apresentou nesta sexta-feira, dia 13 de janeiro de 2012, proposta para a renovação dos pontos de ônibus e relógios com termômetro.
Tanto pontos como relógios seriam assumidos por empresas, por contrato de 25 anos, que poderiam explorar publicidade nos locais.
Se não houver nenhum impedimento, o edital de licitação deve ficar pronto em cerca de 45 dias.
As empresas serão responsáveis pela troca e manutenção dos relógios e pontos.
De acordo com a Prefeitura, pela proposta, a cidade deve receber mil relógios de rua, 7 mil 500 abrigos de ônibus, 11 mil 300 pontos e 14 mil painéis de informações de linhas e horários para os passageiros do transporte municipal.
Isso deve representar um acréscimo de 15% nos abrigos e pontos de ônibus na cidade de São Paulo.
A cidade tem hoje 290 relógios, uma boa parte quebrada, além de 6.500 abrigos e 11.300 pontos de ônibus.
Só em relação aos abrigos, são 12 modelos diferentes e quatro modelos de pontos de ônibus.
A idéia é padronizar pontos e abrigos, só variando de tamanho de acordo com a demanda que aguarda ou desembarca da condução nos locais onde estão instalados.
Os relógios vão informar, além do horário e da temperatura, as condições de trânsito da cidade.
O custo para implantação dos novos relógios, na ordem de R$ 146 milhões, e dos pontos e dos abrigos, de R$ 540 milhões, será de responsabilidade da iniciativa privada e o dinheiro arrecadado com a publicidade será destinado a manutenção de outros equipamentos públicos, como banheiros, por exemplo.
A partir do anúncio da vencedora, o prazo para substituição e instalação de relógios e paradas de ônibus será de 06 anos.
Os anúncios estarão previstos na lei Cidade Limpa e é proibida a veiculação de propagandas de cigarros e bebidas.
O projeto foi possível depois de o prefeito Gilberto Kassab ter sancionado em outubro de 2011 a lei 15.456 que autorizava o poder público a entregar a iniciativa privada a troca, manutenção e uso publicitário dos relógios, abrigos e pontos de ônibus.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Para especialista, Kassab privilegia transporte individual


Promessa de 66 km de corredores de ônibus não foi cumprida e uma das principais ligações da cidade foi abandonada
Ônibus são obrigados a enfrentar longas filas nos poucos corredores de ônibus da cidade de São Paulo, vários mal planejados, não permitindo pontos de ultrapassagem, pagamento da tarifa antes do embarque e acesso facilitado para portadores de necessidades especiais, o que ainda torna as viagens de ônibus demoradas. Foto: Hélvio Romero – Agência Estado Mapa dos principais corredores de ônibus da cidade que se fossem bem feitos poderiam deixar as viagens neste tipo de transporte público mais ágeis e interessantes fazendo com que as pessoas deixem o carro em casa. Extensão dos corredores é bem abaixo das necessidades da população. Gilberto Kassab não cumpriu sua promessa de entregar 66 km de corredores de ônibus e abandonou projetos considerados importantes, como o corredor da Avenida Celso Garcia. Para o mestre em transportes da USP, Horário Figueira, a avenida necessita de um corredor e a desculpa pelo abandono do projeto alegando que uma linha de metrô vai servir a região, é Balela"
É consenso! Para melhorar a qualidade de vida nas cidades e ter bons resultados econômicos sem desperdiçar dinheiro em congestionamentos e problemas de saúde ocasionados pela poluição, a melhor forma é deixar de privilegiar o transporte individual e investir no transporte coletivo, o que inclui a melhoria e ampliação na oferta dos diversos modais possíveis, como ônibus e metroferroviários.
O que parece óbvio não é seguido por muitas administrações, em especial a da cidade que possui a maior frota de carros e de ônibus do País.
Neste sábado, o Portal R 7, do Grupo da Rede Record, faz um balanço da administração de Gilberto Kassab quanto ao tema.
O prefeito não entregou um centímetro sequer dos 66 quilômetros de corredores de ônibus, o que seria de competência do poder público municipal e pior, abandonou um dos principais projetos de corredores que agilizaram as viagens de boa parte da população da cidade em pouco tempo de implantação, o corredor da Avenida Celso Garcia. Para especialista, desculpa que de o corredor na Celso Garcia não foi implantado por causa do projeto de metrô na região é BALELA!
CONFIRA A MATÉRIA NA ÍNTEGRA, com a opinião do mestre em engenharia de transportes da USP – Universidade de São Paulo. Horário Figueira, entre outros especialistas.
Prefeitura de SP promete 66 km de corredores
de ônibus, mas não entrega nenhum
A um ano do fim da gestão, 25 km de vias estão em licitação sem previsão de entrega
Gabriel Mestieri, do R7
Apesar de ter colocado como meta a construção de 66 km de corredores de ônibus na cidade de São Paulo até o fim de seu segundo mandato, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) não entregou nenhum quilômetro nos três anos que se seguiram a sua eleição.
A menos de um ano do final da gestão, nenhuma expansão na rede de corredores foi feita, e um dos projetos, numa das maiores avenidas da capital paulista, foi completamente abandonado.
A meta municipal para 2012 incluía um corredor de ônibus de 31 km na avenida Celso Garcia, mas a prefeitura abandonou a ideia. De acordo com a SPTrans (empresa responsável pela administração dos ônibus municipais), a prefeitura está buscando – junto ao governo federal – recursos para a construção de uma linha de metrô para atender os potenciais usuários do corredor que seria construído na avenida que liga a região central à zona leste de São Paulo.
Estudo e licitação
Além dos 31 km da Celso Garcia, os outros 35 km anunciados como meta da prefeitura estão dispostos da seguinte forma atualmente: 10 km estão em fase de estudo e 25 km, em fase de licitação.
A prefeitura não informa qual o prazo de entrega dessas obras, mas de acordo com o especialista em trânsito Horácio Augusto Figueira, mestre em engenharia de transportes pela USP (Universidade de São Paulo), elas só ficariam prontas ainda neste ano, último da gestão Kassab, “se fossem trazidas de Júpiter”.
Para Figueira, o ritmo lento na construção dos corredores reflete uma política que ainda privilegia o transporte individual.
- Não vejo esperança. Eles [prefeitura] não mexem uma palha para incomodar quem tem carro.
De acordo com o especialista, a justificativa da prefeitura de que em alguns locais não haverá corredor pois está planejado uma linha de metrô para o futuro, como na Celso Garcia, é “balela”.
- O pessoal da Celso Garcia está lascado [sic]. Vai ter que esperar o Metrô chegar? Não precisa, faz um corredor. Pode fazer um corredor até que o metrô inaugure. Agora você vai avisar a população que ela vai esperar dez anos [para sair o corredor], ela vai sofrer dez anos? Eu não esperaria nada.
O coordenador da ONG Nossa São Paulo Maurício Broinizi concorda com a análise de Figueira de que o transporte coletivo não é priorizado na cidade. De acordo com Broinizi, no caso específico dos corredores houve uma mudança na orientação da gestão após protestos de comerciantes.
- Chegaram a anunciar corredores, houve protesto de comerciantes e a prefeitura recuou. Ficou um vazio. Eles anunciaram que iam investir no metrô, mas a transferência de recursos que fizeram é muito insignificante [...] Achamos que não tem política clara, não tem planejamento, não tem plano de mobilidade.
Velocidade
Figueira faz ainda uma crítica aos corredores já existentes na capital paulista. Segundo ele, a velocidade reduzida com que essas vias operam atualmente é reflexo de mau planejamento. O especialista afirma que os ônibus deveriam “conversar eletronicamente com semáforos”, privilegiando a passagem dos coletivos.
- Você economiza de 20% a 30% no tempo de percurso [se essa conversa acontecer]. Mas [se isso acontecer] você vai comprometer a velocidade média do automóvel. Tem que mudar a política. É preciso incomodar quem tem carro. É preciso ver qual a prioridade, se você quer atender uma pessoa ou 20 pessoas.
TEXTO DE APRESENTAÇÃO: Adamo Bazani
MATÉRIA DO R 7: Gabriel Mestieri

Montadoras começam 2012 sem ônibus no estoque



Por conta da renovação da frota antecipada pelos empresários que buscavam chassis mais baratos que os da nova tecnologia de controle de emissão de poluição, fabricantes de ônibus não têm estoque praticamente zero de chassis
Empresários de ônibus, para se livrarem dos preços maiores dos ônibus produzidos desde janeiro de 2012, que contam com tecnologia mais avançada que reduzem a emissão de poluentes, mas que são até 15% mais caros, foram às compras no ano passado e anteciparam as renovações de frota. O ano de 2011 foi recorde para a história do ônibus, com 34 mil 619 chassis produzidos, número 22% maior em comparação à produção de 2010.
Empresários de ônibus, para se livrarem dos preços maiores dos ônibus produzidos desde janeiro de 2012, que contam com tecnologia mais avançada que reduzem a emissão de poluentes, mas que são até 15% mais caros, foram às compras no ano passado e anteciparam as renovações de frota. O ano de 2011 foi recorde para a história do ônibus, com 34 mil 619 chassis produzidos, número 22% maior em comparação à produção de 2010.
Definitivamente, 2011 foi o ano do ônibus. De acordo com dados fechados da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, foram produzidos em 2011, 34 mil 619 chassis de ônibus. O número é o maior da história do segmento e representa alta de 22% em relação à produção de 2010, que já foi considerada positiva.
Licitações, aproximação das eleições municipais, quando o poder público, ciente de que o transporte influencia demasiadamente a imagem de um administrador local, incentiva ou obriga renovação de frota, as expectativas sobre a maior licitação de ônibus do País, que envolverá 1967 linhas interestaduais e internacionais gerenciadas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a obrigatoriedade da implantação de uma nova tecnologia com padrões mais rígidos de controle de poluição, contribuíram para o resultado.
No caso da nova tecnologia, desde janeiro de 2012, os ônibus, caminhões e outros veículos a diesel produzidos seguem as normas européias Euro V, previstas na fase 7 – P 7, do Proconve – Programa Nacional de Controle de Poluição do Ar por veículos Automotores . Os veículos poluem menos, a redução de emissão de materiais particulados chega a 80% e do óxido de nitrogênio (NOx) pode ser de 98%.
Mas estes ônibus chegam a custar até 15% a mais que os produzidos até o ano passado, que seguem as normas Euro III. Além disso, a maioria dos modelos necessita a adição de um fluido, o ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo), feito com 32% de uréia industrial. O fluido é visto como um custo a mais pelos empresários, apesar de as montadoras alegarem que este custo pode ser compensado pelo fato de os veículos com nova tecnologia consumirem menos.
Mas os empresários, normalmente conservadores e desconfiados, preferiram ir às compras e adquirir veículos com a tecnologia Euro III.
A legislação permite a compra de Euro III até março desde ano. Seriam chassis produzidos em tese até 31 de dezembro de 2011 que não foram vendidos.
Seriam. Isto porque praticamente todos os ônibus feitos até esta data já tinham sido encomendados. E a desde 01º de janeiro de 2012, não se pode produzir mais Euro III para o mercado nacional. O empresariado ficou com receio até mesmo de não haver veículos mais baratos com a tecnologia antiga nos pátios até março deste ano.
As montadoras alegam que iniciaram o ano de 2012 sem ônibus em seus estoques para o mercado nacional.
A Mercedes Benz, líder do setor de ônibus, produziu em 2011, 14 mil 634 unidades de ônibus. Só em dezembro, último mês de produção do Euro III, 1 mil 577 chassis, volume 36% superior a dezembro de 2010. Em comparação a 2010, o ano passado para a Mercedes Benz representou alta de 4,1%.
A montadora afirmou não ter mais ônibus padrão Euro III no estoque, produzidos no ano passado e que poderiam ser vendidos até março deste ano,
Apesar de ser líder no mercado, a Mercedes Benz teve um crescimento inferior à média de todo o segmento e bem menor que a segunda colocada.
A MAN – Volkswagen fabricou 11 mil 138 chassis de ônibus, alta de 48,1% em 2011 em relação a 2010.
Outra empresa que alega ter esgotado os ônibus de tecnologia mais antiga é a Volvo. A montadora registrou produção de 1 mil 350 chassis.
Quanto às perspectivas sobre 2012, a opinião entre as montadoras está dividida.
Algumas apostam na manutenção do ritmo por conta das eleições municipais e licitação da ANTT, outras dizem que o ritmo deve se igualar a 2010, com cerca de 30 mil unidades, por conta justamente de o ano de 2011 ter sido muito aquecido. Seria um ajuste de mercado.
Alguns empresários dizem que a falta de estoque não é só pela procura do ano passado. As montadoras teriam calculado um nível de produção no ano passado, para já venderem no início de 2012 os ônibus com nova tecnologia que são mais caros e rendem mais às empresas fabricantes.
Adamo Bazanijornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Paraíba compra 100 ônibus escolares


Investimento foi de R$ 13,2 milhões e vai beneficiar 81 cidades
Ônibus escolar de modelo semelhante aos 100 adquiridos pelo Governo do Estado do Paraíba. Os investimentos foram de R$ 13,2 milhões e vão beneficiar 81 municípios e 19 regionais de ensino, garantindo mais segurança aos estudantes e acesso aos estabelecimentos de educação. Os ônibus seguem as novas normas de conforto, acessibilidade e segurança. A suspensão é mais elevada para transpor áreas de difícil acesso, como regiões alagadas e ruas de terra. Os ônibus têm elevadores, espaço e fixadores para cadeiras de rodas, cintos de segurança para os estudantes, maior distância entre os bancos e corredor mais largo. Saídas de emergência e adesivos refletivos ao longo da carroceria, pintada de cor padrão amarela, são outros itens de segurança dos ônibus. Foto: Divulgação Iveco
Ônibus escolar de modelo semelhante aos 100 adquiridos pelo Governo do Estado do Paraíba. Os investimentos foram de R$ 13,2 milhões e vão beneficiar 81 municípios e 19 regionais de ensino, garantindo mais segurança aos estudantes e acesso aos estabelecimentos de educação. Os ônibus seguem as novas normas de conforto, acessibilidade e segurança. A suspensão é mais elevada para transpor áreas de difícil acesso, como regiões alagadas e ruas de terra. Os ônibus têm elevadores, espaço e fixadores para cadeiras de rodas, cintos de segurança para os estudantes, maior distância entre os bancos e corredor mais largo. Saídas de emergência e adesivos refletivos ao longo da carroceria, pintada de cor padrão amarela, são outros itens de segurança dos ônibus. Foto: Divulgação Iveco
Governo da Paraíba anunciou que adquiriu com recursos estaduais 100 ônibus para transporte escolar. Os investimentos foram de R$ 13,2 milhões e devem facilitar o acesso de estudantes aos estabelecimentos de ensino, inclusive os que moram em locais mais afastados e de tráfego difícil.
Os ônibus vão ser distribuídos para 81 cidades (veja relação abaixo), um para cada município. Já 19 ônibus serão distribuídos para regionais de ensino.
No ano passado, foram transferidos para os municípios R$ 19 milhões e 130 mil para a compra de ônibus.
Ainda de acordo com o Governo do Estado, 185 municípios se inscreveram no edital de transportes, sendo que 56.500 alunos são transportados em ônibus novos.
Os veículos são padronizados e seguem as mais novas normas de segurança, acessibilidade e conforto.
Os ônibus possuem uma distância maior entre o assoalho e o solo, com os conjuntos de molas e suspensão elevados. Isso facilita o tráfego em ruas de terra, áreas não urbanizadas e até travessias de áreas alagadas.
Há elevadores e espaços para cadeiras de rodas, cintos de segurança, bancos para o porte das crianças.
A cor padronizada é amarela com faixas pretas. A lataria tem adesivos refletivos para melhor visualização.
Saídas de emergência e maior distância entre os bancos e corredor mais largo fazem parte da configuração destes ônibus.
CONFIRA A RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS BENEFICIADOS PELOS MAOS RFECENTES ÔNIBUS

1Água Branca
2Alagoa Grande
3Alagoinha
4Alhandra
5Aparecida
6Areia de Baraúnas
7Areial
8Bananeiras
9Barra de Santana
10Bayeux
11Boa Vista
12Boqueirão
13Brejo dos Santos
14Caldas Brandão
15Camalaú
16Capim
17Casserengue
18Caturité
19Coremas
20Dona Inês
21Emas
22Esperança
23Gurjão
24Igaracy
25Imaculada
26Itaporanga
27Itatuba
28João Pessoa
29Juripiranga
30Juru
31Lagoa Seca
32Lastro
33Mãe d’Água
34Malta
35Manaíra
36Massaranduba
37Matinhas
38Montadas
39Monte Horebe
40Monteiro
41Olho d’Água
42Ouro Velho
43Paulista
44Pedra Branca
45Pedro Régis
46Piancó
47Picuí
48Pilõezinhos
49Pirpirituba
50Pocinhos
51Prata
52Riacho dos Cavalos
53Salgadinho
54Santa Cecília
55Santa Helena
56Santa Inês
57Santa Luzia
58Santa Teresinha
59Santana dos Garrotes
60Santo André
61São Domingos do Cariri
62São Francisco
63São João do Cariri
64São João do Tigre
65São José da Lagoa Tapada
66São José de Espinharas
67São José do Sabugi
68São José dos Cordeiros
69São Mamede
70São Sebastião Lagoa Roça
71São Sebastião do Umbuzeiro
72Seridó
73Serra da Raiz
74Serra Grande
75Serraria
76Tavares
77Teixeira
78Tenório
79Várzea
80Vieirópolis
81Zabelê
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.