sábado, 14 de abril de 2012

PA: Ministério Público quer que empresas de ônibus construam terminais


“As empresas de ônibus estão privatizando um espaço público destinado à coletividade, desrespeitando a população, ferindo o Código de Posturas do município e até o Código Brasileiro de Trânsito”. Com este discurso na ponta da língua e um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) em mãos o promotor do Ministério Público do Estado (MPE), responsável por ações de defesa do meio ambiente, patrimônio público, habitação e urbanismo, Benedito Wilson Sá, pretende convencer as empresas de transporte coletivo a construir terminais adequados nos finais de linhas.

Para isso, ele vai se reunir na próxima segunda-feira (16) com a Companhia de Transporte de Belém (CTBel), Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel) e Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Estado para solicitar o que ele chama de “diagnóstico completo sobre as linhas de ônibus”. Quais são? Onde operam? E quantas empresas possuem estes terminais? São os questionamentos que ele quer que sejam respondidos durante o encontro, além de cobrar tanto dos empresários como da prefeitura municipal que atendam as necessidades dos trabalhadores e solucione os transtornos oriundos desta conduta.

Qualquer lugar é fim de linha
Em alguns pontos da cidade ainda é possível perceber finais de linha em vias com intenso fluxo de veículos. Como no final da Avenida João Paulo II, esquina da Rua Mariano, onde está localizado o final da linha de uma empresa que faz transporte de passageiros do bairro Curió-Utinga até o bairro do Comércio. Ali é possível encontrar um pequeno cômodo alugado pela empresa para acomodar o fiscal e alguns motoristas que procuram descanso rápido depois de rodar dezenas de quilômetros. 

No local existe uma mesa, um bebedouro, um banco de madeira e algum material de escritório obsoleto. Apenas três pessoas adentrando ao local e já possível considerá-lo lotado. Ao lado, com entrada pela parte de fora, está o banheiro, conquista das últimas batalhas sindicais. “Não reclamo, tem colegas em situação bem pior. Pelo menos aqui temos onde urinar e encostar a cabeça por breves períodos antes de voltar ao batente”, explica um rodoviário que prefere não se identificar. 
Fonte: Diário do Pará

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