terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Scania prevê queda de 20% na venda de ônibus


A Scania trabalha com um cenário de estabilidade nas vendas de caminhões no Brasil em 2012, depois do recorde alcançado no ano passado, mas espera que o segmento de ônibus sofra uma queda de 20% após o forte crescimento verificado em 2011.

O mercado de caminhões poderia até apresentar uma performance melhor, disse o executivo, mas diante da mudança da regulamentação de emissões de gases de euro 3 para euro 5, que tornou os caminhões menos poluentes, mas mais caros, a expectativa é de repetição das vendas de 170 mil unidades de 2011.

Segundo o executivo, o Brasil encerrou 2011 como o maior mercado de caminhões, ônibus, motores e peças de reposição da Scania no mundo, com vendas de 13.011 caminhões, 1.652 chassis de ônibus e 2.515 motores. Em seguida aparecem a Rússia e a Alemanha.

A América Latina encerrou 2011 com participação de 25% no lucro operacional (Ebit, na sigla em inglês) da Scania após 30% em 2010. Para os primeiros dois trimestres deste ano, o diretor geral da Scania Brasil, Roberto Leoncini, estima lentidão das vendas de caminhões no mercado brasileiro, em função de estoques de caminhões com motorização euro 3.

Estes estoques foram formados diante de expectativa de forte antecipação de compras de modelos euro 3, mais baratos, em 2011 e que a partir deste ano não podem ser mais produzidos no país. Na avaliação de Leoncini, os estoques poderão “distorcer os números” do mercado no primeiro trimestre e início do segundo.

Em ônibus, também atingidos pela nova regra de emissões, Leoncini afirmou que “os grandes movimentos” aconteceram no ano passado, que antecedeu as eleições municipais deste ano e foi marcado por um crescimento nas vendas de 22%, para 34.750 unidades. Isoladamente, a Scania apurou salto de 83% nas vendas. Na Argentina, segundo maior mercado latino-americano para a Scania, a expectativa, segundo o executivo, é de queda de 20% no mercado de caminhões em 2012.

“Normalmente, o primeiro ano após uma eleição (presidencial) é de acomodação, mas acho que vai ser um ano bom para economia porque a demanda por commodities agrícolas segue forte”, disse Podgorski sob a reeleição de Cristina Kirchner no final de 2011.
Com informações: Blog do Caminhoneiro

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