"Fortaleza precisa se adequar em alguns pontos. O que a cidade precisa hoje é priorizar o transporte público e a utilização das vias", assevera Ademar Gondim, que preside o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte Urbano e Trânsito e a Etufor. Ele argumenta que a Capital está adiantada porque já havia adotado os principais aspectos da Lei: gestão participativa e política tarifária.

Uma das exigências da lei federal é que cada cidade com mais de 20 mil habitantes desenvolva um plano de mobilidade urbana alinhado ao Plano Diretor. Para isso, a Prefeitura de Fortaleza iniciou, na última semana, uma série de reuniões com entes que trabalham diretamente com o tema. A ideia é elaborar o novo Plano de Mobilidade Urbana, que deverá ser enviado à Câmara Municipal. "Aguardamos apenas a conclusão do Plano Diretor", afirma Gondim.
Sobre o assunto, o vereador Salmito Filho (PSB) lembra que o Plano Diretor da Capital foi aprovado em 2008 e que deveria ter sido regulamentado no prazo de dois anos e meio, o que ainda não ocorreu. "Isso, de certa forma, inviabiliza o avanço na mobilidade urbana", atenta.
O ponto mais polêmico da lei nacional de diretrizes para a mobilidade trata da possibilidade de os prefeitos instalarem pedágios. Sobre esse aspecto, Ademar Gondim disse acreditar que Fortaleza ainda tem outras medidas a adotar visando melhorar a circulação na Capital. Como exemplo, ele cita a restrição de estacionamentos para viabilizar novas faixas de veículos.
Críticas

"O que nos estamos vendo são falas bonitas e pouca ação", dispara o vereador Salmito, pedindo uma atuação mais expressiva na área pela Prefeitura. Para ele, é preciso reduzir os pontos de estrangulamento, desenvolver políticas educativas aos condutores, além de garantir uma legislação que discipline o trânsito.
Já o líder do Governo na Câmara, vereador Ronivaldo Maia (PT), diz que várias cidades revelam estrangulamentos e engarrafamentos generalizados em função da falta de um plano de mobilidade atual. "O município já deveria ter feito isso para evitar a situação que se chegou", avalia.
O petista salienta a importância do planejamento nas intervenções viárias e diz que a Câmara deverá se envolver no debate para reduzir os problemas da cidade. "A primeira noção é que não abriremos mais mão de obras sem fazer a drenagem. É um contrassenso. O que temos que tentar é uma redução de danos", atenta o vereador.
Fonte: Diário do Nordeste
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