terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Melhor ano da história da Volvo no Brasil


A Volvo apresentou à imprensa no ultimo dia 16 de fevereiro, o balanço dos seus resultados de 2011 e suas expectativas para 2012. O presidente da empresa, Roger Alm, afirmou que foi o melhor ano da história da empresa no Brasil, instalada aqui há mais de 30 anos. Além dos resultados positivos, a empresa anunciou a sua reestruturação mundial que poderá trazer novidades para o mercado brasileiro. O Grupo Volvo, proprietária também das marcas de caminhões Renault Trucks, Mack, UD Trucks (ex-Nissan Diesel) e da indiana Eicher, passará a ser uma empresa só. Isso significa que a Volvo do Brasil irá fazer a gestão na América Latina das marcas Volvo, Renault, UD Trucks e, a partir 2014, da Mack. Roger Alm, questionado sobre a possibilidade da Volvo lançar essas marcas no Brasil, disse que em curto prazo nada muda, mas que a possibilidade está sendo estudada. 
Em 2011 a participação de mercado da Volvo cresceu de 15% para 17,1% considerando a fatia de mercado de caminhões acima de 16 t, com pouco mais de 20 816 unidades vendidas no Brasil e 25 200 em toda América Latina. O mercado brasileiro total de caminhões acima de 16 t foi de 112 000 unidades. A Volvo estima que em 2012 o mercado seja um pouco menor, de 105 000 veículos pesados, mas, mesmo assim, a fabricante considera um mercado excelente, considerando que será o segundo melhor resultado da história da indústria no país e, que, em 2006, esse número era de 30 000 unidades. Os acionistas da empresa estão muito felizes com o Brasil e até ampliaram a linha de montagem de cabine da fábrica em Curitiba, PR, um dos gargalos para aumentar a produção da unidade fabril brasileira. 

Em termos de representatividade global, o Brasil só perde, e por pouco, para os Estados Unidos (21 505). Em terceiro lugar, muito abaixo, está a França (6 053), Alemanha (5 413), Rússia (5 286) e Grã Bretanha (4 820) que já foi o maior mercado da Volvo no passado. Os bons resultados da Volvo tem todos os méritos do trabalho da marca e de sua rede de concessionárias, mas só foi possível graças ao crescimento econômico do Brasil e da garra do transportador brasileiro em seguir em uma atividade profissional cheia de desafios. 

Ônibus
Não só no mercado de caminhões os resultados foram bons para a marca sueca. No de ônibus também, apesar de ser um segmento que, por problemas políticos, ainda não compra muitos ônibus confortáveis e seguros, fato que, contragosto, forçou a Volvo a lançar, no ano passado, um modelo de ônibus com motor dianteiro, uma adaptação do chassi de caminhão do VM. A empresa emplacou 3 652 ônibus no ano passado, 153% a mais do que em 2010, que foi de 1 441 unidades. 

A empresa também confirmou o início, no meio do ano, da produção de ônibus híbridos, com um motor elétrico e um diesel. Neste deverão ser fabricados 80 unidades e o objetivo inicial é produzir 350 unidades por ano. Segundo Luis Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America, o ônibus híbrido reduz em até 36% o consumo de óleo diesel. Resta saber se essa diferença de consumo paga o preço maior do ônibus híbrido já que, no Brasil, diferentemente da Europa, o governo não tem nenhuma política de incentivo para veículos mais eficientes e menos poluidores.

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