
Em Brasília, os parlamentares potiguares que compõem a bancada do Estado no Congresso Nacional também já se mostraram preocupados com o andamento das obras viárias, que não saem do papel. Os deputados Henrique Eduardo Alves (líder do PMDB), Felipe Maia (DEM), Fátima Bezerra (PT) e os senadores Paulo Davim (PV) e José Agripino Maia (DEM) sugeriram juntar esforços entre eles, o Ministério Público e a Caixa Econômica Federal (CEF) para encontrar alternativas que acelerem o processo - e que resultem em intervenções reais nas ruas da cidade, como espera a população.
Apenas a petista Fátima Bezerra não defende a intervenção do Governo nas responsabilidades do município. "A prefeitura deve cumprir o seu papel", declarou ela ontem ao DN. Também em entrevista ao Diário, o senador José Agripino Maia afirmou acreditar no gesto da prefeita repassando as obras de mobilidade para o governo potiguar. "Se a prefeita alegasse que não dispõe de condições para assumir esses projetos, seria o caso de o governo executá-los. O que não pode é a cidade de Natal arcar com os prejuízos", sentenciou.
Contudo, o governo não pode simplesmente pedir para executar os serviços e ficar tudo por isso mesmo. Cada ente (União, Estado e Município) assumiu compromissos após o anúncio de Natal como sede da Copa, em 2009. Era a Matriz de Responsabilidades que, por causa do atraso no início das obras, foi revista em setembro de 2011 e teve seu cronograma alterado. A iniciativa de modificar essa matriz e "passar a bola" para o Governo tem que partir do município. "Seja sob responsabilidade do município ou do Estado, como gestores públicos que somos, temos prazo para iniciar essas obras e também prazos para cumpri-las", declarou Kátia Pinto. "Essa é uma decisão de governo. Se a governadora chegar para mim e disser que nós tocaremos essas obras de mobilidade, a Secretaria da Infraestrutura (SIN) tocará os projetos", garantiu. "Mas até agora desconheço qualquer iniciativa formal da prefeitura nesse sentido".
Kátia Pinto disse que tem acompanhado na imprensa e em conversas com o secretário municipal de obras públicas, Sérgio Pinheiro - seu amigo pessoal e colega de universidade - o desenrolar dos projetos tocados pelo Executivo municipal. O projeto das obras do lote 1, que incluem mudanças viárias no Complexo da Urbana, entre a Ponte de Igapó, passando pelas avenidas Felizardo Moura, Industrial João Francisco da Mota, BR-226 e Av. Cap.Mor Gouveia, foi enviado três vezes para a Caixa Econômica Federal, financiadora dos recursos. Desde setembro do ano passado a CEF recusa os projetos enviados pela prefeitura da capital, alegando ausência de detalhes técnicos nas planilhas e no orçamento. Esta semana o município prometeu reenviar o projeto para nova análise do grupo de engenheiros do banco. Até ontem os documentos ainda não haviam chegado à superintendência regional do banco.
Fonte: Diário de Natal
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