Falta de segurança, má prestação de serviços e transportes e trânsito com problemas são os principais motivos para que o cidadão não queira mais ficar em São Paulo.
Prestes a completar mais um aniversário em 25 de janeiro de 2012, a cidade de São Paulo não tem cativado seus moradores e recebe o desprezo daqueles constituídos para cuidar da qualidade de vida e continuação dos serviços no município.
A conclusão é de uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, dia 18 de janeiro de 2012, pela Rede Nossa São Paulo e realizada pelo Ibope.
Mais da metade dos 1 mil 512 entrevistados, exatamente 56%, declarou que se pudesse deixaria a cidade de São Paulo e moraria em outro lugar.
Os motivos são os mesmos de há muitos anos, só que com percentuais maiores: falta de honestidade dos políticos e agentes públicos, má prestação de serviços públicos, falta de segurança, congestionamentos e transportes coletivos insuficientes.
De acordo com a pesquisa, a nota dada à qualidade de vida na cidade foi 4,9, muito baixa para um município que arrecada muito e é considerado a locomotiva da economia brasileira. Em outras palavras, a riqueza que São Paulo gera não é transformada em bem estar para as pessoas.
Na questão segurança, 89% das pessoas se sentem pouco seguras ou nada seguras na cidade, sendo que 69% tem medo de roubos e assaltos.
A área, no entanto, recebeu nota maior que os transportes públicos e mobilidade. Foram analisadas 169 áreas sendo que 74% receberam notas abaixo de 5,5%.
Os transportes foram a terceira pior nota: 4,3, numa possibilidade de zero a dez.
O levantamento mostra novamente o que outra pesquisa da Rede Nossa São Paulo revelou: as pessoas querem transporte público de qualidade e deixariam seus carros em casa. Elas citam a expansão do metrô e dos corredores de ônibus como estímulos a não usarem os transportes individuais.
O paulistano assim está ciente que o excesso de carros de passeio prejudica a qualidade de vida na cidade, por conta da poluição e congestionamentos.
Trânsito que não só traz problemas em relação à falta de fluidez e ao desperdício de recursos e de tempo pelo fato de os carros ficarem parados queimando combustível a toa e fazendo seus motoristas perderem tempo que poderia ser usado para produzirem algo, aprenderem ou ao menos descansarem com a família. E o descanso adequado também resulta em produtividade no dia seguinte. Trabalhador, executivo, professor, enfim, qualquer ser humano cansado, não rende.
Mas além destes fatores negativos, o excesso de veículos traz outro problema: a violência no trânsito, que assusta a 20% dos entrevistados. Ainda de acordo com a pesquisa, 17% deles, temem ser atropelados, ou seja, apesar dos programas e campanhas, o pedestre, que deveria ser privilegiado no espaço urbano, ainda se sente acuado.
A conclusão é de uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, dia 18 de janeiro de 2012, pela Rede Nossa São Paulo e realizada pelo Ibope.
Mais da metade dos 1 mil 512 entrevistados, exatamente 56%, declarou que se pudesse deixaria a cidade de São Paulo e moraria em outro lugar.
Os motivos são os mesmos de há muitos anos, só que com percentuais maiores: falta de honestidade dos políticos e agentes públicos, má prestação de serviços públicos, falta de segurança, congestionamentos e transportes coletivos insuficientes.
De acordo com a pesquisa, a nota dada à qualidade de vida na cidade foi 4,9, muito baixa para um município que arrecada muito e é considerado a locomotiva da economia brasileira. Em outras palavras, a riqueza que São Paulo gera não é transformada em bem estar para as pessoas.
Na questão segurança, 89% das pessoas se sentem pouco seguras ou nada seguras na cidade, sendo que 69% tem medo de roubos e assaltos.
A área, no entanto, recebeu nota maior que os transportes públicos e mobilidade. Foram analisadas 169 áreas sendo que 74% receberam notas abaixo de 5,5%.
Os transportes foram a terceira pior nota: 4,3, numa possibilidade de zero a dez.
O levantamento mostra novamente o que outra pesquisa da Rede Nossa São Paulo revelou: as pessoas querem transporte público de qualidade e deixariam seus carros em casa. Elas citam a expansão do metrô e dos corredores de ônibus como estímulos a não usarem os transportes individuais.
O paulistano assim está ciente que o excesso de carros de passeio prejudica a qualidade de vida na cidade, por conta da poluição e congestionamentos.
Trânsito que não só traz problemas em relação à falta de fluidez e ao desperdício de recursos e de tempo pelo fato de os carros ficarem parados queimando combustível a toa e fazendo seus motoristas perderem tempo que poderia ser usado para produzirem algo, aprenderem ou ao menos descansarem com a família. E o descanso adequado também resulta em produtividade no dia seguinte. Trabalhador, executivo, professor, enfim, qualquer ser humano cansado, não rende.
Mas além destes fatores negativos, o excesso de veículos traz outro problema: a violência no trânsito, que assusta a 20% dos entrevistados. Ainda de acordo com a pesquisa, 17% deles, temem ser atropelados, ou seja, apesar dos programas e campanhas, o pedestre, que deveria ser privilegiado no espaço urbano, ainda se sente acuado.
ZONA LESTE É A PIOR EM TRANSPORTES
A falta de serviços mais adequados de transportes públicos, em especial corredores de ônibus e metrô, como apontaram os entrevistados, é sentida em toda a cidade de São Paulo.
Mas é na zona Leste que a situação se agrava, a mesma região que vai sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014.
De acordo com a pesquisa, por dia, quem mora na zona Leste demora até 3 horas e 40 minutos para ir e voltar do trabalho.
É justamente na região que a prefeitura desistiu de construir um corredor de ônibus na Avenida Celso Garcia que amenizaria os problemas de transportes até a conclusão do metrô, que deve demorar anos, e que depois de feito o metrô, não ficaria ocioso, já que atenderia demandas locais e poderia diminuir a esperada superlotação do metroferroviário.
É justamente na zona Leste também que opera o pior consórcio de transportes da cidade, na opinião do Ministério Público e da própria SPTrans ao órgão, o Consórcio Leste 4, alvo de uma ação civil pública por má prestação de serviços e suspeitas de irregularidades quanto às pessoas jurídicas e destino de recursos que deveriam ser usados para a melhoria dos transportes.
São esperadas mudanças com a operação em definitivo da Ambiental Trans, do Grupo Ruas, no lugar da Himalaia, que já começa a renovar a frota de trolebus.
Mas é na zona Leste que a situação se agrava, a mesma região que vai sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014.
De acordo com a pesquisa, por dia, quem mora na zona Leste demora até 3 horas e 40 minutos para ir e voltar do trabalho.
É justamente na região que a prefeitura desistiu de construir um corredor de ônibus na Avenida Celso Garcia que amenizaria os problemas de transportes até a conclusão do metrô, que deve demorar anos, e que depois de feito o metrô, não ficaria ocioso, já que atenderia demandas locais e poderia diminuir a esperada superlotação do metroferroviário.
É justamente na zona Leste também que opera o pior consórcio de transportes da cidade, na opinião do Ministério Público e da própria SPTrans ao órgão, o Consórcio Leste 4, alvo de uma ação civil pública por má prestação de serviços e suspeitas de irregularidades quanto às pessoas jurídicas e destino de recursos que deveriam ser usados para a melhoria dos transportes.
São esperadas mudanças com a operação em definitivo da Ambiental Trans, do Grupo Ruas, no lugar da Himalaia, que já começa a renovar a frota de trolebus.
CONFIRA ALGUMAS NOTAS E AVALIAÇÕES FEITAS NA PESQUISA
Satisfação em relação às áreas, notas de zero a dez – das sete piores prestações de serviços
- TRANSPARÊNCIA, HONESTIDADE E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA: 3,5
- ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA: 3,9
- TRANSPORTES PÚBLICOS E MOBILIDADE: 4,3
- SEGURANÇA: 4,4
- HABITAÇÃO: 4,5
- EDUCAÇÃO: 5
- SAÚDE: 5,1
- ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA: 3,9
- TRANSPORTES PÚBLICOS E MOBILIDADE: 4,3
- SEGURANÇA: 4,4
- HABITAÇÃO: 4,5
- EDUCAÇÃO: 5
- SAÚDE: 5,1
Avaliação do desempenho da Prefeitura de São Paulo
- RUIM / PÉSSIMA: 30 %
- REGULAR: 52%
- ÓTIMA / BOA: 17%
- NÃO REPONDERAM: 1%
- REGULAR: 52%
- ÓTIMA / BOA: 17%
- NÃO REPONDERAM: 1%
Avaliação do desempenho da Câmara dos Vereadores
- RUIM / PÉSSIMA: 42%
- REGULAR: 42%
- ÓTIMA / BOA: 11%
- NÃO RESPONDERAM: 5%
- REGULAR: 42%
- ÓTIMA / BOA: 11%
- NÃO RESPONDERAM: 5%
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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